sábado, maio 17, 2008

se calhar. . .

Recostada nesta cadeira, ao cheiro do café e com a tua presença em meu olhar, vejo que nada em nós mudou.
No entanto, continua a faltar algo. . .
Sinto que me cortaste a inspiração, mesmo sem teres puxado o fio.
Não te encontro em minhas palavras.
Os versos que aqui deixo demoram a sair, não fluêm em mim, não fluêm para nós. Já não revelo poemas sentidos ao mundo, escondidos nas linhas entrelaçadas de meus textos.
Deixaste-me sem me teres deixado.
Abandonaste-nos sem que ouvisses o que sentia, o que escorria de dentro de mim, e eu cansei-me. . . sem que deixasse que me tirasses o fôlego.
Agora sou incerteza em ti.
Já não consegues ler o reboliço de pensamentos e sentimentos que preservo nestas (entre)linhas.
Deixámos de ser sintonia monocromática num mundo de cores.
[se calhar já em nada estamos iguais, se calhar tudo mudou]

sábado, maio 03, 2008