quarta-feira, agosto 13, 2003

nevermind

onde estas tu quando eu mais preciso?
quando o meu sangue se esgueira do meu corpo
percorrendo a minha face como lagrimas?..
mas que sangue é esse se o meu coraçao parou no dia em que te desejei...? divagaçoes puras de alguem que nada mais tem a perder ou a temer..teimosias,orgulhos...mas tanto medo..começam a faltar soluçoes,forças....caso perdido!

segunda-feira, agosto 11, 2003

esquecimento

Espero por alguém que não vem
Que já não vem
Que se esqueceu k eu espero
No fundo espero pela minha alegria
Pela minha vontade...
Espero pelo meu eu
Espero pela vida k não me diz nada
Que é pura forma
Sem grande conteúdo para mim,
Que não me sorri
Espero pela pessoa que fui
que já não existe
Pelo menos eu não a vejo daqui
E fico esperando...
Esperando...
O tempo vai passando.....arrastando
Mais um esquecimento....
Mais um perdão....
Mais um sofrimento....
Mais uma solidão....
Que me atormenta
Que me abafa
Me agonia
Que me rasga
Esfola..
Maltrata..
mas deixa-me viver
Para sentir tudo, vezes e vezes sem conta
É lenta
consumidora
Avassaladora
Devastadora e profunda
Observo a vida á minha volta
Procuro as forças que fugiram de mim
Reúno as que posso mas.....
Uma voz sussurra, brama, vocifera:
-Foste esquecida mais uma vez, assim como ontem e hoje, amanhã também serás.
Hei-de esquecê-los antes que se esqueçam de mim.

domingo, agosto 10, 2003

lost soul

When I sleep, you keep watching me
you give me all your life and all your soul
I wake up, in the morning,
And there's a bad day outside
The sky is getting dark and the rain comes quickly
I feel my body, so heavy, my eyes are closed,
And suddenly I start to cry...
Why...I can't explain
I just can say what i'm feeling
A deep in my heart
A state of mind, something blocks my thinking
All my moves seems to be limited.
I'm weak, i've no strength
To even cry, even scream...
I'm cold...look at me right now and see
how do you let me when you steal my soul.

sexta-feira, agosto 08, 2003

silencio

o silencio mora entre nós,
o silencio da perda
e o teu nome morre na lingua
entretanto o silencio tagarelou...
amor nao deixes que ele fale por ti
porque o teu silencio mente
o teu silencio diz-me
o que nao quero ouvir
mas diz-me, diz-me o que nao oiço
sussurra, morde-me a lingua
para que nao mais fale
porque o que tenho rasgado na garganta
é o silencio,agora meu, amorfo e afogado
a mudez de quem se vai despedir da voz

para que ela o deixe viver.

quarta-feira, agosto 06, 2003

cidade adormecida

Dormem corpos,
adormecidos pelo calor da noite,
apenas eu fico acordada,
demasiadamente acordada...
algo me impede de fechar os olhos,
mas o pior é o pensamento,
o subito medo que ocorre,
o silencio que impera,
impenetravel, mudo,
sinto o sabor das memórias,
elas próprias me fazem sonhar com realidades,
mas tudo nao passa disso,
uma doce ilusão,
presa a palavras e gestos controlados,
olho a escuridão em volta,
sinto o tempo passar, lento,.................
como se se fosse perder na lua,
sempre ela, feiticeira, bela...
viagens, homens e lugares,
tao longinquos como as palavras que nao escutas,
como o ser que nao alcanço,
como eu, que desejo apenas o príncipe que ilumina as noites,
e aqui estou, encarcerada,
ansiando a libertaçao,
o doce mel do toque nos sentidos,
o "eu" reprimido,
um desejo outrora sentido por iluminados,
mas sou apenas mais uma:
alguem que nao se mostra,
que nao se ve,
tal como aqui, banhada pelo escuro,
e pelo borburinho distante de uma cidade adormecida...