sexta-feira, janeiro 30, 2009

Batalhas de vida








De tanto tentar evitar o inevitável
estou cansada....
De tanto combater a foice que te quer ceifar
estou cansada....
E continuo na vigia...
na vigia do ar…do pulso…do sangue...
[qual vampiro que anseia desesperando em comunhão, o último suspirar]
e não tiro os olhos de ti...
com medo de te perder, com medo de ver…mas não consigo desviar o olhar.
Sentimento egoísta, ambíguo e exasperado que me encandeia, quando o teu último sopro me assombra o pensamento.
Na ineficácia da luz somos apanhados, como se de uma atracção se tratasse.
De tanto ver a minha pouca eficácia perante ti...
Estou cansada…mas nunca rendida.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Recomeço

Por entre paredes novas, ao ênfase de emoldurados de outras gerações e de desenhos repletos de sonhos antigos, aguardo um novo recomeço.
Um recomeço que já me foi ditado por ti, mas que aparenta teimar em não surgir.
Tu... que a meus olhos já não mereces mais recomeços nossos. Tornaste-te vulgar quando outro alguém encontrou a tua raridade e por ela se apaixonou. Outro alguém que não eu...
Impera em mim uma mixelânia de sentimentos contraditórios. O platónico e o real, que seguem como duas linhas paralelas, sempre desencontradas. Quando és ausência dá-me vontade de recomeçar e de fazer por acreditar num agora, um amanhã, um futuro... Agora que te vejo, creio ser uma futilidade tentar.
O recomeço por que anseio não te tem como actor no enredo, e como tal,
espero...
Espero sem ti.... [no fundo] espero por mim!