segunda-feira, outubro 12, 2009

meu livro

http://www.corposeditora.com/site/mostra_obra.asp?idcoleccao=6&idobra=531


o meu livro,para quem quiser comprar. =) ou então esperem pela apresentação =)

sexta-feira, setembro 25, 2009

café da avenida

Neste Verão ambivalente de dias quentes e húmidas, e noites secas de ventania, em sua companhia nada perdura.
Relembra Verões passados em nada diferentes.
Na viagem das suas memórias não consegue encontrar um Verão vivido a seu gosto.
Talvez em pequeno, mas esses a memória já não os guarda.
Tenta criar numa tela a imagem perfeita de onde queria esta, mas a sua habilidade para tal já se perdeu, deixou de treinar a arte que mais o encantava e agora já não se revê nela.
Resta-lhe a imagem, pouco nítida, na memória do que sonha. Imagem que se perpetua para alem das recordações que vão esmorecendo perante esta.
Talvez por isso se encontre fatigado.
O rapaz livre e sonhador já não se encontra nele, sente-se velho, velho demais para tentar viver.

[O seu carismático esplendor raramente o visita.]

Se passarmos no café da avenida conseguimos avistá-lo uma esplanada na companhia dos seus dois fiéis cães, com o seu caderno e estojo de desenho fechados, pousados ao lado da chávena de café, e com o olhar no vazio infinito que transpõe o seu olhar.
No café da avenida vemos o velho que nunca deu azo aos seus talentos e deixou a vida escolher-lhe o caminho a seguir.
No café da avenida vemos um rapaz com alma de homem e sonhos de criança.
Qual café de avenida…

sexta-feira, julho 24, 2009

"liberdade para dentro da cabeça"

As noites são inquietas, com as vozes do passado, numa cantilema constante ao ouvido , e sem o sabor natural do presente, aquela que traz a paz e afasta a dor.
Em meu peito não corre qualquer vida, está silenciado na esperança de aprender um novo sussurrar do coração.
Viagens de sonho proporcionada por pedaços de natureza refutados por sociedades que não permitem a liberdade. Símbolos do passado que viraram ícones de quem não quer ser incomodado pela confusão do dia-a-dia que escorre pelas ruas de uma cidade que raramente dorme.
Névoas calmas as que me envolvem a transparência do olhar, num apurar do sentir.
Do meu sentir esfumaçado.

sábado, maio 09, 2009

elevador

Como é possível ainda partilhar tal coração com as suas memórias?

Seguiram passos diferentes, nunca mais cruzaram o olhar.
Amadureceram, mudaram hábitos e traços que os carecterizavam.
O destino ditou o seu reencontro num elevador qualquer.
Ela reconheceu-o, tímida, mantendo o olhar nos seus sapatos gastos e molhados da chuva que se fazia sentir lá fora.
Ele nem reparou nela, ia concentrado na sua música.
O elevador pára, é a vez dela sair, do lado de fora despede-se com um boa tarde e um prazer em ver-te.
A voz não lhe soou estranha, mas a frase sim. Levantou o olhar e quando viu as suas memórias serem levadas reconheceu-a. Ainda pensou em tentar apanhar-lhe o passo, mas lembrou-se que essas recordações estão bem melhores no aconchego de tal coração terno e romântico.

Um dia voltarão a encontrar-se no mesmo elevador. para aceitarem o destino que os teima em unir.

sexta-feira, abril 03, 2009

Gosto controlado

Gosta da redundância das palavras transmitidas pelo seu pensar.
Gosta da encruzilhada de sentires que embaraçam a electricidade dos estímulos de quem a lê.
Anseia para que gostem da sua literatura,
mesmo não sabendo do que estão a gostar quando se revêem nas suas palavras previamente pensadas para não fazerem sentido
[ao comum dos vulgarizados].
Procura ainda, o leitor que um dia as compreenda e mesmo assim continue a gostar do que lhe proporcionam.
Questiona-te, neste momento, por que ainda tens os olhos postos nestas letras…
As letras que te fazem ambicionar o sentir.
Letras que gostas de controlar, mesmo estando descontroladas.

quarta-feira, março 11, 2009

Busca descrente

Nasce uma descrença crescente nos olhos vazios de vida.
O culminar da exaustão apoderou-se do oxigénio que percorre o seu corpo.
No pensamento, o constante vazio do futuro incerto.
"não quero mais!" - gritou, num silêncio que ensurdecia os mais crédulos.
Mas não sabia o que não ansiava, e era essa a derrota que se impunha.
Num corpo dormente de certezas,
numa vida sem vida,
o chamamento da ignorância pura era o que mais atormentava os seus dias de claridade e calmaria...
Nesta ansiedade de querer o querer, nada encontra, e não entende o porquê.
Há-de findar esta busca, um dia.
Há-de cessá-la...
Sem nada encontrar.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Retalhos da Vida




Na encruzilhada dos pontos e nós por ele atados, a pequena forasteira encontra-se perdida nesse retalho.
Como panos cravados a ferro, o sentimento cresceu e perdurou (um instante que fosse).
Tão forte era o sentimento dele que sentia que a devia proteger de tal futura ausência. Uma ausência que a menina, ainda ingénua do saber da vida (e de si própria), nao soube compreender.
E foi julgando para o ar, onde pairavam as suas dúvidas e desconfianças.
Cada ponto era desfeito aos poucos, até deixar a nú tal crueldade de sentimento.
Cada malha ficava pregada no seu coração, cada malha asfixiava mais a sua confiança num futuro.
Como este tecido, muitos outros já foram desfeitos e refeitos. simplesmente por se perderem nos retalhos da vida.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

http://radiocomercial.clix.pt/animar/testes/index.aspx

passei pelo site e entretive-me a ver por escrito o que me define eheh

sexo e a cidade:

Você é Samantha:
Para si, os homens estão entre o desporto e a colecção de cromos.
Hedonista, gosta essencialmente de se divertir.
Não perde tempo a planear o futuro e só acredita em relações intensa mas fugazes.

assim aparento,m n sou so isto ;)

sabor de gelado:

Você é Pistachio:
Você não é uma pessoa unânime: há quem o adore, há quem não o possa ver à frente. Enigmático, original e muito particular, quem escolhe tê-lo a seu lado raramente se arrepende.

calha bem k é o meu sabor preferido ;)


tipo de livro:

Você é Livro de Bolso:
É uma pessoa discreta e que não gosta de dar nas vistas. No entanto, quando um amigo precisa de si, está sempre presente. Apesar da sua postura "low-profile", tem sempre bons conselhos na algibeira. Gosta de palavras cruzadas, de um bom Sudoku e compra todos os anos o almanaque Borda d’Água.

ta td certo,tirando k n compro o borda d'agua,m ate k dou uma vista de olhos ao da nha avo!lol

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Batalhas de vida








De tanto tentar evitar o inevitável
estou cansada....
De tanto combater a foice que te quer ceifar
estou cansada....
E continuo na vigia...
na vigia do ar…do pulso…do sangue...
[qual vampiro que anseia desesperando em comunhão, o último suspirar]
e não tiro os olhos de ti...
com medo de te perder, com medo de ver…mas não consigo desviar o olhar.
Sentimento egoísta, ambíguo e exasperado que me encandeia, quando o teu último sopro me assombra o pensamento.
Na ineficácia da luz somos apanhados, como se de uma atracção se tratasse.
De tanto ver a minha pouca eficácia perante ti...
Estou cansada…mas nunca rendida.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Recomeço

Por entre paredes novas, ao ênfase de emoldurados de outras gerações e de desenhos repletos de sonhos antigos, aguardo um novo recomeço.
Um recomeço que já me foi ditado por ti, mas que aparenta teimar em não surgir.
Tu... que a meus olhos já não mereces mais recomeços nossos. Tornaste-te vulgar quando outro alguém encontrou a tua raridade e por ela se apaixonou. Outro alguém que não eu...
Impera em mim uma mixelânia de sentimentos contraditórios. O platónico e o real, que seguem como duas linhas paralelas, sempre desencontradas. Quando és ausência dá-me vontade de recomeçar e de fazer por acreditar num agora, um amanhã, um futuro... Agora que te vejo, creio ser uma futilidade tentar.
O recomeço por que anseio não te tem como actor no enredo, e como tal,
espero...
Espero sem ti.... [no fundo] espero por mim!