domingo, dezembro 26, 2004

raiva perdida

Que medo é maior do que a própria vida?! Medo esse que te levou, para longe daqui, longe de mim…. Que me privou de sensações boas e más, de aprendizagens…que me privou de ti! Tu que não aguentaste mais e me abandonaste, foste egoísta tal como eu sou agora em relação a ti…… tiraste-me uma vivência fundamental para mim, como criança, como adolescente, como adulta. Quimeras a que dei tanta importância perante a tua ida, não são mais do que brincadeiras, meros acasos do acaso. Fazes-me falta. Fazes falta aos teus amigos, que agora vejo…também sofreram bastante e ainda sofrem…. Que sentimento pode ser esse que faz cegar as pessoas a ponto de não conseguirem ver o quanto são importantes…. Nem que seja para uma só pessoa, n importa! São importantes! Ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém..e tu n tinhas o direito de tirar a tua própria vida….porque com ela levaste partes de umas quantas também…..A raiva instala-se outra vez em mim, era demasiado nova para te chamar a atenção, mas n para te ajudar….Ver-te por memórias e palavras de outros custa-me…custa-me tanto…..apetecia-me saber tudo ao mínimo pormenor para te trazer por uns segundos de volta….dava tudo por uns segundos…ficou tanto por dizer, e agora sim…eu sei isso! Fazes-me falta. E dói, dói bastante……talvez um dia sare, mas n hoje, n enquanto tiver o mínimo de ti no meu esquecimento…….

terça-feira, agosto 17, 2004

Noite de Agosto

A chuva cai lá fora,
violenta e sublime
como o sentimento
que nos arrebata.
Sim, a nós que tão bem
compreendemos o Verão e
sabemos que sem um toque de
Inverno não sobrevive feliz.
Nós, que tão bem o sentimos,
no prazer da pele,
no prazer do corpo,
no prazer da mente,
em nós...
Porque me corrói este sentimento de perda?...tudo é pericivel, e eu hei-de esquecer-te, como um dia e muitas vezes te esqueces-te de mim...quase nunca somos compreendidos, o esquecimento e a angústia abafam a nossa dor, a nossa vida... como o vento passam os meus sonhos por ti, e como sol de Verão ficas tu em mim. Sinto o trago das memórias, é agri-doce, raiva e felicidade numa união perfeita, e eu tornei-me para ti uma imagem d'outrora.

sábado, maio 08, 2004

nada

o corpo é perícivel, a cabeça já não justifica e encontro-me aqui, sem fado, sem destino, sem essência... já me encontrei, no meio de tantas caras som um "nada"..um nada que recria aspectos, personifica, caracteriza personagens..as opiniões são minhas, as caras não. ..
Para onde vamos, como ficamos..? quem e quando me vão explicar o que é a vida no total, se a morte é bou ou má, se é simples vida sem corpo?! quantas vidas temos?!quantas memórias?quantos eu's?....

terça-feira, março 16, 2004

Não, não é cansaço....
é fatiga, é angústia....a angustia que em mim impera, do não ser, do querer, mas não poder....da solidão de criança, das memórias do passado....e de um futuro que parece tardar, parece não querer chegar...

sábado, janeiro 03, 2004

mentiras

Farta, farta...perdi-me em tantas mentiras dentro de mim, fingi-me ser quem não esqueci e cansei-me (assim).....estou perdida dentro de mim sem sonhar para onde fugir e...pelos vistos hoje não és a solução... talvez nunca tenhas sido, refugiei-me nessa resposta, nesse esconderijo só meu..sombrio..seguro, mas meu.