terça-feira, agosto 17, 2004

Noite de Agosto

A chuva cai lá fora,
violenta e sublime
como o sentimento
que nos arrebata.
Sim, a nós que tão bem
compreendemos o Verão e
sabemos que sem um toque de
Inverno não sobrevive feliz.
Nós, que tão bem o sentimos,
no prazer da pele,
no prazer do corpo,
no prazer da mente,
em nós...
Porque me corrói este sentimento de perda?...tudo é pericivel, e eu hei-de esquecer-te, como um dia e muitas vezes te esqueces-te de mim...quase nunca somos compreendidos, o esquecimento e a angústia abafam a nossa dor, a nossa vida... como o vento passam os meus sonhos por ti, e como sol de Verão ficas tu em mim. Sinto o trago das memórias, é agri-doce, raiva e felicidade numa união perfeita, e eu tornei-me para ti uma imagem d'outrora.