quinta-feira, janeiro 31, 2008

vamos ser

Despi a tua pele do meu ser, arranquei-me de ti.
Sente agora o arder em si, o agri-doce que me trás.
Sente-te como nunca te sentiste. . .
viste, tocaste, ouviste, saboreaste,
sente o teu perfume que queima em meu olfacto.
Despi-me em ti, deixa-me que te dispa, agora em mim.
Vamos ser o centro de nós,
vamos ser. . .
sentes os músculos espasmáticos?
as artérias a pulsarem?
o coração que palpita rápido e rápido. . .
tudo por ti ou por mim (que interessa?),
tudo em nós.
vamos ser. . .

palavra

Que saudade é esta que te torna tão meu...

salivo pelo teu toque, cheiro, o mínimo de tua atenção.
anseio para que a tua palavra toque o meu ouvir.
(utilizo memórias na esperança que voltes)
devoro quem és,o teu passado e futuro
arrebato-te nesta batalha sentida de afectos
doce é o teu dedilhar ao longo de mim
exausta, é como me sinto por tentar fugir de ti.

....afinal nunca serás meu.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

hoje

. . .hoje tou despida de capas rígidas e duras. . .
hoje estou o cerne de mim. . .

domingo, janeiro 27, 2008

Lembro-me para esquecer

Lembro-me dessa manhã
Lembro-me de te sentir em mim, mais forte do que nunca, uma presença tão áurea, para instantes depois me deixares tão só, tão para sempre . . .
Lembro-me do alvoroço, do olhar disfarçado das pessoas quando me fitavam, lembro-me dos cobardes virarem a cara para não terem que me encarar e contar. E no meio deste circo todo lembro-me de filtrar cada palavra proferida, cada imagem captada, lembro-me de pensar que me tinhas deixado tão cedo, e odeio ter adivinhado. . . odeio não ter parecido surpresa quando meia hora depois me anunciaram a tua despedida, e lembro-me de pensar que afinal já te conhecia, nessa manhã eu soube que já te conhecia há muito. . . e que assim ia ser o nosso percurso… caminho entre a vida e a morte. Uma dança a dois numa relação imortalizada pelos laços, pelo sangue que nunca foi derramado.

paisagens de mim



Fito o horizonte, translúcido agora, em meu olhar.

desenho o que sinto na atmosfera.

paisagens de mim largadas ao vento como fotografias.

pequenos grandiosos momentos capturados para sempre num pedaço de papel.

Imagem ou palavra não importa. . .

Assim se mantém a chama do passado . . .

. . .acesa no presente, cinza no futuro será.

sábado, janeiro 26, 2008

Verde


Verde é cor de esperança. é cor que vejo em ti. .

é cor que revê a inspiração e deixa espaço ao sonho.

Verde é a cor da natureza. é terra.fogo.água e ar.

é o que nos proporciona o respirar e o simples e

singelo suspiro da paixão e do amor.

Verde é Zen. . .é tão teu que o adoptei e agora gosto.

Verde é puro. . é o cheiro de uma planta molhada.

o toque da relva no pé descalço de preconceitos.

verde é tacto, olfacto, odor, é os sentidos.

Verde é liberdade!


verde é o que representas para mim.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Ambíguo

Gosto de adormecer ao som do silêncio em tua voz.

Gosto de como me queima o teu toque gélido e distante, de quem já não espera o amor.
Gosto de amar um romântico descrente que repugna a palavra e o sentimento.
Gosto de ti!
não gosto de gostar de ti, mas gosto de sentir esta ambiguidade em mim.
...
. . .
Silencia-me. . Gela-me. . Ama-me. .
para que eu possa descansar e não gostar de ti.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Cuando te vas


Sempre fui daquele género de pessoa que, esporadicamente, precisa de um tempo só para ela. . . . Mas depois tu cruzaste-te na minha vida, entraste nela com as palavras necessárias para eu ultrapassar mais um dia, cada dia. . . e nunca pensei precisar do teu ombro quando as lágrimas caíam, impunes à minha vontade.
Agora um simples dia parece um longo e complicado ano, quando te vejo e revejo a caminhar para longe de mim, longe de nós, conto cada passo teu, cada rumo que tomas. . . consegues perceber o quanto preciso de ti? . . . agora, aqui, neste momento . . . Agora sinto a tua falta. Os traços da tua cara, que apreendi e decorei e tantas vezes desenhei e contornei com os meus dedos, fazem-me falta. O teu cheiro, o teu perfume, o simples toque. . . sensações que evocam a eterna palavra saudade.
Dá-me vontade de expressar o quanto fomos feitos um para o outro, aqui e agora sem paralelismos, mas sei que não fomos. . . sei que este não é o nosso momento, sei que as minhas palavras não te chegam ao ouvido, sei que te parecem dignas de uma forasteira que em nada compreende a tua língua. estrangeirices, qui ça? Mas não me culpes por sonhar e poder apaziguar o coração com memórias ingénuas e apaixonadas. . . sem mais demoras. I miss you!

amizade

"Dos dias maus apago tudo, apenas te acendo o cigarro perfeito.
Lanternas toscas é o que somos,
iluminando os rostos para acreditar no reflexo do espelho.
Todos os dias procuramos uma coisa diferente,
nos dias menos bons viramos o reflexo ao contrário
e perdemos esperança na alegria.
Dos dias maus apago-te a morte
e acordo-te para a vida.
Como se fosse um sabão sentimental que dá para esfregar a alma.
Fosse eu alguma coisa para ver que os dias apenas nos atiram terra para cima. Dos dias maus guardo o pó e deito-te fora as perfeições,
cada vez somos mais sós,
cada vez somos mais o que somos."


Joanne


resposta: nada melhor para um acordar que palavras doces, que em mim tocam. Sento-me para reler com atenção o primeiro poema, do dia, solto desta amizade feita de momentos perfeitos, palavras perfeitas, tempos perfeitos... obrigada! =)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Queres conhecer quem sou, dissecar-me a alma, entender-me, mas não me queres ouvir . . .
Entramos, assim, num diálogo ( para mim monólogo) frio, silenciador, de quem mata sem matar, sufoca sem sufocar, de quem quer que eu sej quem não sou. E vou-te dizendo que sim, num acenar de cabeça fingido, ao que dizes e nem oiço; tento responder-te sem me perder e não consigo.
Oiço, calada, o remoer das palavras que em vão saiêm de ti, um ranger de dentes tão silencioso que me ensurdece. O que para ti é desabafo esporádico, para mim é mais uma cicatriz, que se tenta aconchegar entre as outras, daquelas do tipo "perdoa, mas não se esquece". Conheces? Com certeza que sim, mas nunca uma feita por mim . . . não sei coser essas dores e esses nós são os que não sei dar, as linhas cortam-me os dedos antes de os conseguir atar. . .
Percebes-me agora?! Provavelmente não. . . Também não o pretendo, assim talvez me possa sempre desculpar e dar-te a volta, como uma criança que quer um doce. (arranco-te um sorriso) Consigo-o sempre, e assim se alonga uma relação que em nada tem comunicação ou voz, que não tem nada de mim, mas é minha.

prison break

De volta aos meus textos revejo a minha vida numa inércia claustrofóbica. Sinto-me prisioneira de mim, numa redoma de sensações e pensamentos, envolta em mar morto. . .
À mínima visão de liberdade, sinto um arrepio, e como uma estalada ouço de novo o trancar da porta. Talvez seja melhor assim, sou bicho de cativeiro, quem sabe. Quero-me libertar, não deixam; talvez um dia . . .
Talvez um dia me liberte de preconceitos, de imagens pré-concebidas, das pessoas, de vozes que se julgam superiores, talvez um dia me liberte de ti,e aí sim, talvez . . . talvez possa crescer, mudar, ser. . .simplesmente ser.

terça-feira, janeiro 08, 2008

"lost in translation"

Palavras soltas ditas ao vento por um mero amador de sentimentos…

E assim, se perde o que tanto custou a conquistar. .

com palavras que perderam o significado na boca d’outrém . . .

palavras que ficaram “lost in translation” . .

numa tarde amena com conversas sobre uma ou outra noite mais conturbada no coração de forasteiros do “amor” .

quinta-feira, janeiro 03, 2008

?eternidade?

Serena o coração, apazigua a memória, converte a dor em saudade e as dúvidas em compreensão. Agora já podes descansar, a eternidade vai estar contigo guardada na lembrança do passado.
Que morte não traz tormento?
Qual vida arrancada não causa dor?
Apoia-te no que virá, limpa as lágrimas de dor e ri das memórias de infância.... Guarda no pensameto o que te resta e não o deixes fugir. Afinal, enquanto formos lembrados estamos vivos. Somos efémeros, se somos sozinhos.... em assim sendo, faz por te lembrarem, mantém-te vivo(a), faz com que te recordem pela vida, sê o mundo dos outros quando este lhes faltar.
Só morrerás quando fores esquecido...morre antes deles, mas não te esqueças de viver para além e depois deles. alcança a tua eternidade, na simplicidade das emoções, liberta a felicidade, voa. . . e não esqueças : bate as asas!

Amor dos inflizes

Que fé é essa que se sobrepõe ao amor incondicional de duas metades únicas num universo de descrentes do amor?!
A cobardia de enfrentar marés altas e fortes por alguém importante...
É triste ver a incerteza do amor no olhar dos crentes.. é triste ver a desonestidade para consigo próprio e os seus senimentos.. É triste ver um sentimento ser influenciado por quem se julga voz da criação... Respeito a fé de quem a tem, mas não que se escondam atrás desta, como desculpa...
É assim, certo e sabido, um futuro incerto, no qual o arrependimento por algo deixado para trás prevalecerá, sobre a tentativa de amar de novo... Não se aprende a amar de novo...não se aprende a amar (retiro o que sempre disse)....o amor acontece, não aparece simplesmente!

triste é o amor dos infelizes que o sentem....

trespasse

Sempre que vires um obstáculo, encara-o como mais uma experiência, mais uma no teu crescimento, como uma lição que nunca esperaste ser ensinada... Aprendemos com os nossos erros, é com eles que crescemos! Por isso, erra, não tenhas medo, porque quando acertares vai-te saber tão bem...