sábado, maio 17, 2008

se calhar. . .

Recostada nesta cadeira, ao cheiro do café e com a tua presença em meu olhar, vejo que nada em nós mudou.
No entanto, continua a faltar algo. . .
Sinto que me cortaste a inspiração, mesmo sem teres puxado o fio.
Não te encontro em minhas palavras.
Os versos que aqui deixo demoram a sair, não fluêm em mim, não fluêm para nós. Já não revelo poemas sentidos ao mundo, escondidos nas linhas entrelaçadas de meus textos.
Deixaste-me sem me teres deixado.
Abandonaste-nos sem que ouvisses o que sentia, o que escorria de dentro de mim, e eu cansei-me. . . sem que deixasse que me tirasses o fôlego.
Agora sou incerteza em ti.
Já não consegues ler o reboliço de pensamentos e sentimentos que preservo nestas (entre)linhas.
Deixámos de ser sintonia monocromática num mundo de cores.
[se calhar já em nada estamos iguais, se calhar tudo mudou]

7 comentários:

Joanne disse...

E chorei a ler isto...

m@tix disse...

Está muito Bom este pensamento...Se fosse editor fazia-te um livro, tens uma sensibilidade que devia ser partilhada com o mundo. Todos a temos(sensibilidade) mas a tua maneira de a expor para as palavras não é comum....

Bj
;)

Anônimo disse...

lindo como sempre... poderá ser k ao menos assim perceba... ou se calhar nao .... mas eu estou aqui! ;)* N.M.

a.m disse...

"vejo que nada em nós mudou.
No entanto, continua a faltar algo.."
tão verdade na minha vida, nem eu própria conseguia descrever o que sinto desta maneira, fizes-te-me ver as palavras que não queria ver


Simplesmente toca cá dentro

Joanne disse...

Adoro as bocas....Adoro mesmo...

FE disse...

"Já não revelo poemas sentidos ao mundo, escondidos nas linhas entrelaçadas de meus textos."

Muito bom...a sensibilidade sai-te dos poros *

Anônimo disse...

já alguém deve ter dito que a única certeza é a incerteza